19 dezembro, 2009

Cabine de Segurança Biológica (Capela de Fluxo Laminar)

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As cabines de segurança biológica (capela de fluxo laminar) são unidades projetadas para criar áreas de trabalho estéreis para a manipulação, com segurança, de materiais biológicos ou estéreis que não possam sofrer contaminação do meio ambiente e podendo também garantir nos fluxos da classe II que o manipulado não contamine o operador e o meio ambiente.

As cabines de segurança biológica (capela de fluxo laminar) permitem obter grau de limpeza equivalente aos critérios da classe 5 (em repouso) da ABNT NBR ISO 14644-1, e classe 100 da extinta NBR 13700, de aplicação em áreas limpas.

Para o equipamento atingir esta classificação o ar que está sendo insuflado deve ser filtrado com filtros HEPA cuja eficiência no teste DOP é de 99,97%, para partículas de 0,3 mícra. A concentração na mesa de trabalho não deverá ser maior do que 100 partículas ≥ 0,5 mícron por pé cúbico de ar (NBR 13700).

A aferição do controle de limpeza de partículas suspensas na área de trabalho e velocidade do ar devem ser analisadas periodicamente a cada seis meses, conforme norma NBR ISO 14644-2.

Pré-filtro: as mantas filtrantes são utilizadas como pré-filtros e fabricadas com 100% de material sintético, que não libera partículas, e com meio filtrante não cancerígeno. São projetadas para ter resistência e durabilidade a altas umidades, névoas de óleo, ácidos, alcalis e a maior parte dos solventes orgânicos.

Filtros absolutos HEPA: filtros de alta eficiência para retenção de partículas, aerosóis, pó tóxico, bactérias, germes, vírus, etc. Elemento filtrante em execução padrão, com moldura de alumínio, madeira compensada ou chapa galvanizada, resistente à umidade, com junta de neoprene ou tipo gel opcionalmente. Meio filtrante com papel de fibra de vidro, resistente à umidade, fixado na moldura firmemente e vedado. Cada filtro é testado individualmente em fábrica.

Mini-fluxos: são projetados para manipulação de materiais não contaminados, e devido as suas pequenas dimensões estes modelos são indicados para utilização em ambientes com espaços reduzidos. Estes modelos são utilizados em laboratórios de análises microbiológicas e clínicas, pesquisas, farmácias de manipulação.
Fluxos horizontais: são também indicados para materiais não contaminados, mas são fabricados em outras opções de tamanhos.

Fluxos verticais classes II A1 e classe II A2: que são projetados para a manipulação de materiais contaminados, impedindo a sua contaminação por agentes externos, e protegendo também o operador e o meio ambiente de contaminação.

Fluxos laminares classe II B2: trabalham com 100% de ar renovado que é totalmente exaurido para fora da área do laboratório e são projetados para utilização de materiais contaminados e que geram aerossóis e gases. Hoje este modelo é muito utilizado para manipulação de quimioterápicos.

Cabine de amostragem e pesagem: são projetadas para a proteção de matérias-primas em pó nas áreas de amostragem e pesagem, assim como a proteção de operadores quanto à inalação.

As capelas de fluxo laminar vertical, de acordo com as normas internacionais, são equipamentos que apresentam fluxo de ar laminar vertical, oferecendo total proteção ao produto manipulado, similar a uma cabine de proteção biológica, pois, além de oferecer proteção ao produto manipulado, garante proteção ao operador e ao ambiente contra agentes biológicos de risco moderado (material particulado).

No caso das cabines de segurança biológica classe II tipo B2, temos um equipamento com 100 % de exaustão externa, mas não basta ter exaustão externa, tem que ter um sistema de exaustão independente, localizado na saída do duto de exaustão. Esse equipamento não apresenta recirculação do ar, proporcionando proteção total ao ambiente de trabalho e ao operador, além da proteção ao produto manipulado.

Referência: Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº 220, de 11 de setembro de 2004. Dispõe sobre os requisitos mínimos exigidos para o funcionamento dos Serviços de Terapia Antineoplásica (STA). Disponível em: http://www.anvisa.gov.br. Acesso em: 24 de novembro de 2008

17 novembro, 2009

Ceftriaxona + cálcio: interação

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Cefriaxona: contraindicaciones en neonatos y riesgo de precipitados de ceftriaxona- calcio cuando ésta se administra con soluciones que contienen calcio. Tras la revisión realizada, se ha concluido que ceftriaxona está contraindicada en neonatos en determinadas situaciones y que no se debe mezclar o administrar de forma simultanea ceftriaxona y soluciones de calcio por vía intravenosa.

http://www.agemed.es/actividad/notaMensual/septiembre2009/nota_medicamentos.htm

09 novembro, 2009

Tamiflu suspensão oral: estabilidade após manipulação

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Tamiflu Oral Suspension (Acacia Syrup) 12 mg/mL 15 mg/mL

Tamiflu (as 75-mg capsules) 1.2 g (16 capsules) 1.5 g (20 capsules)
Acacia Syrup qs 100 mL qs 100 mL

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Tamiflu Oral Suspension (1% Methylcellulose Solution) 12 mg/mL 15 mg/mL

Tamiflu (as 75-mg capsules) 1.2 g (16 capsules) 1.5 g (20 capsules)
Methylcellulose 1% Solution qs 100 mL qs 100 mL


Stability of the above formulations:

Refrigeration: Stable for 90 days when stored in a refrigerator at 2°C to 8°C (36°F to 46°F).

Room Temperature: Stable for 90 days when stored at room temperature (25°C; 77°F).

References: Loyd V. Allen, Jr., PhD, RPh

25 setembro, 2009

Potential Tamiflu Errors

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The FDA issued a Public Health Alert to notify prescribers and pharmacists about potential dosing errors with Tamiflu (oseltamivir) for Oral Suspension. U.S. healthcare providers usually write prescriptions for liquid medicines in milliliters (mL) or teaspoons, while Tamiflu is dosed in milligrams (mg). The dosing dispenser packaged with Tamiflu has markings only in 30, 45, and 60 mg. The Agency has received reports of errors where dosing instructions for the patient do not match the dosing dispenser. Healthcare providers should write doses in mg if the dosing dispenser with the drug is in mg. Pharmacists should ensure that the units of measure on the prescription instructions match the dosing device provided with the drug.

Fonte: http://www.fda.gov/Safety/MedWatch/SafetyInformation/SafetyAlertsforHumanMedicalProducts//ucm183714.htm

15 agosto, 2009

Bolsas de PVC e incompatibilidade de medicamentos injetáveis

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As bolsas de PVC são incompatíveis com diversos medicamentos: ACICLOVIR, AMIODARONA, ALDESLEUCINA, CARMUSTINA, CALCITRIOL, CEFOPERAZONA, CLORDIAZEPÓXIDO, CLORPROMAZINA, CICLOSPORINA, CLONAZEPAM, CIPROFLOXACINA, DIAZEPAM, DILTIAZEM, DOCETAXEL, ETOPOSIDO, FLUCONAZOL, INSULINA, HEPARINA, LORAZEPAM, METRONIDAZOL, MONONITRATO DE ISOSSORBIDA, NIMODIPINO, NITROGLICERINA, NITROPRUSSIATO DE SÓDIO, PACLITAXEL, PROPOFOL, SUFENTANILA, TACROLIMO, TENIPOSIDO, TIOPENTAL, UROQUINASE, VARFARINA.

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Referência: Trissel LA. Handbook on Injectable Drugs, 13th ed., Bethesda, MD: American Society of Health System Pharmacists; 2005

07 julho, 2009

Como converter miligramas em miliequivalentes?

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Como converter miligramas em miliequivalentes?

Divida os miligramas pelo peso atômico e multiplique pela valência.

Miligramas ÷ Peso atômico x Valência = Miliequivalentes.

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Cloro (Cl): peso atômico (35,4) e valência (1)
Potássio (K): peso atômico (39) e valência (1)
Sódio (Na): peso atômico (23) e valência (1)
Cálcio (Ca): peso atômico (40) e valência (2)
Magnésio (Mg): peso atômico (24,3) e valência (2)
Enxofre (S): peso atômico (3) e valência (2)
Sulfato (SO4): peso atômico (96) e valência (2)

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Bibliografia: Way III CWV. Tabelas em nutrição. In: Way III CWV, editor. Segredos em nutrição: respostas necessárias ao dia-a-dia: em rounds, na clínica, em exames orais e escritos. Porto Alegre: Artes Médicas Sul; 2000. p. 259-61.

09 junho, 2009

Intoxicação digitálica

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O digital é uma das drogas mais freqüentemente prescritas na prática clínica. Por sua capacidade de aumentar a força de contração cardíaca, é usada no controle de taquicardias supraventriculares e no tratamento da insuficiência cardíaca congestiva. A digoxina é a preparação de digital mais usada. Tem uma meia-vida de 24 a 48 horas (com uma média de 35 horas). Como a digoxina é eliminada principalmente por meio de excreção renal, os pacientes com função renal reduzida apresentam meia-vida sérica mais longa.

A digoxina deve ser avaliada até que o efeito terapêutico seja alcançado, no acompanhamento da estabilidade e no uso adequado da droga pelo paciente e ao primeiro sinal de aparecimento de efeito tóxico (como anorexia ou arritmia).

A dosagem em crianças é aproximadamente 50% maior do que a usada em adultos, quando calculada em miligramas por quilograma de peso corporal. Doses mais altas são necessárias por causa da maior relação de massa cardíaca com a massa corporal em crianças. Essas doses mais altas se refletem em concentrações séricas mais altas em crianças.

A intoxicação digitálica acontece com freqüência, já que o intervalo entre os níveis terapêuticos e tóxicos é muito pequeno. Os sintomas clínicos mais comuns de superdosagem são anorexia, náusea e vômitos, visão embaçada e desorientação. A manifestação miocárdica mais importante e comum da intoxicação digitálica é a arritmia cardíaca. Freqüentemente, o diagnóstico clínico de intoxicação digitálica torna-se difícil em pacientes com patologias cardíacas graves, pois a maioria das manifestações pode ser causada pela doença ou por drogas. Por isso, a dosagem de digoxina sérica é especialmente útil na interpretação de arritmias.

As maiores causas de intoxicação digitálica são a depleção de potássio e a diminuição da função renal com a idade. Alterações da função renal, hipercalcemia, alcalose, mixedema, hipomagnesemia, infarto do miocárdio recente, hipóxia e hipocalemia podem aumentar a sensibilidade aos efeitos tóxicos da digoxina. O uso de drogas como quinidina, verapamil, amiodarona, ciclosporina, espironolactona, entre outras, pode aumentar os níveis séricos por diminuição do clearance da digoxina.

Quando diante de níveis séricos abaixo do esperado, deve-se avaliar a presença de doença tireoidiana, má absorção, diminuição do fluxo sangüíneo intestinal por arteriosclerose mesentérica e uso de drogas como laxantes, antiácidos, fenitoína, neomicina e metoclopramida, que podem diminuir a absorção. Outro dado a ser avaliado é o nível de adesão do paciente ao tratamento, tanto na freqüência quanto nas doses prescritas.

O tempo de coleta da amostra é um fator importante na determinação dos níveis séricos da digoxina. Os níveis séricos se elevam nitidamente durante a primeira hora depois de uma dose oral. Isso é seguido por uma diminuição quando a digoxina é levada para o miocárdio e outros tecidos. Normalmente, para absorção e armazenamento, quando administrada por via oral, são necessárias de 4 a 6 horas, e, por via endovenosa, cerca de 30 minutos. Depois disso, os níveis de digoxina no soro tendem a se estabilizar, passando a diminuir muito lentamente durante as 24 a 48 horas seguintes.

Não é possível determinar com precisão os níveis de digoxina em pacientes em fase de troca de terapia de digitoxina para terapia com digoxina, visto que ambas as drogas podem estar presentes no soro. Os anticorpos antidigoxina usados na maioria dos testes comerciais para dosagem de digoxina apresentam reação cruzada significativa com digitoxina (2% a 6% de reação cruzada, com alguns casos que chegam a 40%) e outros digitálicos. O problema da reação cruzada é exacerbado pelo fato de que níveis terapêuticos de digitoxina são aproximadamente 10 vezes mais altos do que os da digoxina. O anticorpo antidigitoxina também apresenta reação cruzada com digoxina (2% a 4% de reação cruzada), mas, por causa dos níveis terapêuticos mais altos, a interferência da digoxina é menos importante na dosagem de digitoxina.

Obtém-se a maior precisão diagnóstica coletando a amostra de sangue em um momento padronizado durante a fase estável, quando os níveis de digoxina no soro refletem as concentrações cardíacas usuais. Normalmente, o equilíbrio é alcançado num prazo de cerca de 5 dias, e a coleta é realizada imediatamente antes da próxima dose, ou a qualquer momento, quando da suspeita de intoxicação.

03 maio, 2009

Gripe A H1N1: sintomas

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As mãos são um importante fator de contágio. Os sintomas começam com um quadro viral transitório com ataque às mucosas das vias respiratórias;

O infectado começa a sentir mal-estar com febre súbita, dor de canbeça e de garganta, tosse e falta de ar. O vírus atinge a corrente sanguínea;

O vírus se aloja no pulmão e causa pneumonia (tosse permanente, dificuldade de respirar e febre alta;

A insuficiência respiratória pode levar o paciente à morte.

Fonte: Jornal O Globo.

21 abril, 2009

Qual o volume máximo para a aplicação de injeção intramuscular?

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O volume máximo de líquido é de 5 mL.

Caso haja um volume maior, deve ser aplicada em dois locais diferentes. Utilizar agulhas 30 x 7 ou 30 x 8 para evitar o risco de perda de medicamento por refluxo e formação de nódulos doloridos.

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A região dorsoglútea (nádega), contém músculos amplos e espessos, ótimos para aplicação de injeções em adultos e crianças maiores de 2 anos. Em crianças menores a região da coxa é considerada mais segura.

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A injeção na região deltoideana (Braço), de pequena massa muscular e com inúmeros nervos e vasos sanguineos, é mais dolorida e sujeita a complicações, devendo ser evitada sempre que possível. Evitar volume de líquido acima de 3 mL.


Texto preparado por: Silvia Moreira Taketsuma (formanda da Faculdade de Farmácia da Universidade Federal Fluminense)

Referência:
Becton Dickinson. Manual de técnicas de aplicação. São Paulo:SP.

19 abril, 2009

FDA alerta sobre la interacción de ceftriaxona con productos que contengan calcio

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Alerta de la FDA sobre la interacción de ceftriaxona con productos que contengan calcio

15/04/2009

LA FDA ha elaborado una alerta de seguridad sobre la interacción entre ceftriaxona y productos que contengan calcio, tras dos comunicaciones de casos fatales en neonatos.

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A requerimiento de la FDA, Roche, el laboratorio fabricante de ceftriaxona, llevó a acbo dos estudios in Vitro, uno usando plasma de adutos y otro con plasma neonatal, para valorar el potencial de precipitación de ceftriaxona-calcio cuando ceftriaxona y los productos que contienen calcio son mezclados en viales y en líneas de infusión. Basándose en los resultados de estos estudios, la FDA hace las siguientes recomendaciones:

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• Está contraindicado el uso concomitante de ceftriaxona y productos que contengan calcio en neonatos (<28 días de edad). Ceftriaxona no debe usarse en neonatos (<28 días de edad) si están tratados con (o esperan ser tratados) con productos intravenosos que contengan calcio.

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• En pacientes >28 días de edad, ceftriaxona y los productos que contienen calcio pueden ser administrados secuencialmente, limpiando las líneas de infusión con fluido compatible entre las infusiones.

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• Ceftriaxona no debe administrarse simultáneamente con soluciones intravenosas que contengan calcio en Y en cualquier grupo de edad

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• La FDA recomienda que ceftriaxona y productos que contienen calcio pueden ser administrados concomitantemente en pacientes>28 días de edad teniendo la precaución de seguir los pasos mencionados en los puntos anteriores ya que el riesgo de precipitación es bajo en esta población.

Referência: www.sefh.es

04 abril, 2009

Stability of Reconstituted Fluconazole Oral Suspension in Plastic Bottles and Oral Syringes

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Stability of Reconstituted Fluconazole Oral Suspension in Plastic Bottles and Oral Syringes

Paul J Dentinger, MS, Chemist, Department of Pharmacy, University of Rochester Medical Center, Strong Memorial Hospital, Rochester, NY

Chad F Swenson, BS Pharm, Supervisor of Compounding Services, Department of Pharmacy, University of Rochester Medical Center, Strong Memorial Hospital

BACKGROUND: Fluconazole for oral suspension is a dry powder with a beyond-use date of 14 days after being reconstituted. Dispensing fluconazole liquid in the inpatient setting would be much more efficient if prefilled oral syringes containing standard doses were readily available. In addition, if the beyond-use date could be extended, the resulting decreased waste would be economically beneficial.

OBJECTIVE: To determine the stability of reconstituted fluconazole oral suspension using high-performance liquid chromatography (HPLC).

METHODS: Diflucan lyophilized powder was reconstituted to fluconazole 40 mg/mL using Sterile Water for Irrigation, USP. Samples were stored at room temperature in both the original Diflucan plastic bottles and in amber polyethylene oral syringes with silicon elastomer plunger tips that were sealed with high-density polyethylene caps. Samples were analyzed immediately and at 14, 28, 42, 56, and 70 days. Fluconazole concentrations were measured using a modified stability-indicating HPLC method. At each test interval, the density of the suspension was determined gravimetrically and then used to calculate the exact volume of sample used for each analysis. Excessive degradation was defined as greater than 10% loss of the initial concentration.

RESULTS: The stock internal standard was stable for at least 77 days when stored in the dark at room temperature. The stock and working fluconazole standard solutions were prepared fresh at each test interval. Reconstituted oral suspension retained more than 90% of the initial fluconazole concentration for at least 70 days at 22–25 °C. No changes in color, odor, or visible microbiological growth were observed in any sample. The pH of the suspension was initially 4.2 and remained essentially unchanged throughout the study.

CONCLUSIONS: Reconstituted fluconazole oral suspension is stable in both the product's original plastic bottles and in amber polyethylene oral syringes for at least 70 days when stored at 22–25 °C.

REFERENCE: Published Online, February 10, 2009. www.theannals.com

04 março, 2009

Cuidados na Administração do Nitroprussiato de Sódio (NPS) em UTI

O Nitroprussiato de sódio é um potente vasodilatador arterial e venoso, reduzindo resistência vascular arterial e aumentando o pool venoso. Possui ação direta sobre o músculo liso vascular, formando óxido nítrico, responsável pela vaso dilatação. A via metabólica de formação de ON é diferente das dos nitratos, explicando o não surgimento de tolerância e a maior potência desta droga em locais diferentes da vasculatura.

Indicação: Sua principal indicação é em situações de EMERGÊNCIA HIPERTENSIVA.

Estas incluem: riscos de encefalopatia hipertensiva, hemorragia cerebral; descompensação cardíaca aguda acompanhada por endema pulmonar; dissecação de aneurismas; síndrome do sofrimento respiratório idiopático em recém-nascidos; nefrite glomerular aguda. Está indicado também no pós-operatório de cirurgias de grande porte (revascularizaão miocárdica, endarterectomia de carótida, cirurgias vasculares) para melhor controle da pressão sanguínea. Pode ser utilizado também para estimular o débito cardíaco e no espasmo arterial grave e para pronta correção da isquemia dos vasos periféricos proveniente de envenenamento com drogas contendo ergotamina;

Forma de Apresentação: Pó liofilizado para infusão EV. Cada caixa contém 1 frasco de 50 mg de Nitroprussiato de sódio dihidratado + 5 ampolas de diluente com 2 mL.

Preparo: Diluir o conteúdo de nitroprussiato de sódio nos respectivos diluentes e adicioná-lo a 250 mL de solução glicosada de 5%

Cuidados de Enfermagem no Preparo, Administração e Manutenção do Nipride: A principal precaução no uso de Nipride® é a hipotensão severa e o acúmulo de cianeto ocasionado pelo uso prolongado da medicação.

. Nunca realizar infusão do nipride em injeção endovenosa diretamente (“bolus”), devido risco de hipotensão irreversível e choque;

. Utilizar apenas soro glicosado 5% para sua diluição; O frasco do soro bem como a extensão do equipo e do conector deverão ser revestidos com material radiopaco, pois o medicamento é sensível à luz e sua exposição inativa seu efeito;

. A troca da solução contendo nipride deverá ser realizada a cada 6 horas; Sempre utilizar bomba de infusão para sua administração. Nunca administrar Nipride® em infusão gota/gota;

. Manter o paciente com monitoramento da pressão arterial. No início da infusão, programar a verificação da PA de 10-10 minutos, até que tenhamos o ajuste de infusão. Em seguida, poderemos programar a verificação da pressão arterial de 30-30 minutos;

. Para infusões longas de Nipride®, devemos estar atentos e saber recoonhecer os sinais de intoxicação por cianeto. A intoxicação por cianeto (nitroprussiato de sódio ou outros cianetos) pode-se manifestar através da acidose metabólica, hiperoxemia venosa (sangue venoso brilhante), falta de ar, confusão mental , parada cárdio-respiratória e morte;

. A hipotensão severa induzida pelo nitroprussiato de sódio deve limitar-se dentro de um período que varia de 1 a 10 minutos após a descontinuidade da infusão.

. Neste período de tempo, o paciente deve ser colocado na posição de Trendelenburg, o que melhora o retorno venoso. Se a hipotensão persistir além desses minutos, após a suspensão da infusão de Nipride®, a causa verdadeira deverá ser procurada e identificada.

Referências Bibliográficas:
1. Villanueva F, Glasheen WP, Sklenar J, Jayaweera AR, Kaul S. Successful and reproducible myocardial opacification during two-dimensional echocardiography from right heart injection of contrast. Circulation 85:1557-64, 1992.

2. Cotter B, Kriett J, Perricone T, Kwan OL, Cha YM, Nozaki S, et al. Detection of coronary artery occlusion by decreased myocardial opacification following intravenous injection of QW3600 (EchoGen) [abstract]. Circulation 90(Pt 2):I-67, 1994.

3. Camarano GP, Ismail S, Goodman NC, Kaul S. Assessment of risk area during coronary occlusion and infarct size after reperfusion can be determined with myocardial contrast echocardiography using intravenous injections of FS-069, a new contrast agent [abstract]. Circulation 90(Pt 2):I-68, 1994.

4. Grauer S, Pantely GA, Xu J, Shiota T, Gong Z, Giraud GG, et al. Aerosomes MRX 115: echocardiographic and hemodynamic characteristics of new echo contrast agent that produces myocardial opacification after intravenous injections in pigs [abstract]. Circulation 90(Pt 2):I-556, 1994.

5. Xie F, Porter TR. Acute myocardial ischemia and reperfusion can be visually identified non-invasively with intravenous perfluoropropane-enhanced sonicated albumin ultrasound contrast. Circulation 90:I-555, 1994

01 março, 2009

Medicamentos e outras definições

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Medicamento: produto farmacêutico, tecnicamente obtido ou elaborado, com finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins diagnóstico. É uma forma farmacêutica terminada que contém o fármaco, geralmente em associação com adjuvantes farmacotécnicos.

Medicamento Novo: medicamento que está a menos de cinco anos no mercado.

Medicamentos Bioequivalentes: são equivalentes farmacêuticos ou alternativas farmacêuticas que, ao serem administrados na mesma dose molar, nas mesmas condições experimentais, não apresentam diferenças estatisticamente significativas em relação à biodisponibilidade.

Medicamentos Biotecnológicos: medicamento biológico, tecnicamente obtido ou elaborado por procedimentos biotecnológicos com finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins de diagnóstico.

Medicamentos da Lista A (Entorpecente): a notificação é de cor amarela; é fornecida pela Vigilância Sanitária, devendo ter uma especialidade farmacêutica por notificação. Na forma oral, quantidade suficiente para 30 (trinta) dias e na forma injetável, no máximo de 5 (cinco) ampolas. A notificação tem validade de 30 dias após a sua emissão.

Medicamentos da Lista B (Psicotrópico): a notificação é de cor azul; é fornecida pelo Prescritor ou pela Instituição. A Vigilância Sanitária fornecerá a numeração dos talões. A notificação deverá ter uma especialidade farmacêutica por notificação. Na forma oral, quantidade suficiente para 60 (sessenta) dias e na forma injetável, no máximo de 5 (cinco) ampolas. A notificação tem validade de 30 dias após a sua emissão.

15 fevereiro, 2009

Compatibilidade e incompatibilidade de CEFAZOLINA na administração em Y.

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Compatibilidade: aciclovir, alopurinol, amicacina, amifostina, água para injeção, ácido pantotênico, ampicilina, atracúrio, aztreonam, clindamicina, cloranfenicol, cloreto de potássio, cefpiroma, clorpromazina, ciclosporina, dexametasona, diazepan, docetaxel, doxorrubicina lipossomal, esmolol, etoposido, famotidina, filgrastima, fluconazol, fentanila, fludarabina, foscarnet, gatifloxacina, granisetrona, heparina, hidrocortisona, hidromorfona, insulina regular, labetalol, lincomicina, linezolida, meperidina, melfalano, midazolam, milrinona, morfina, metilprednisolona, ondansetrona, oxacilina, oxitocina, pancurônio, propofol, penicilina G potássica, ranitidina, remifentanila, ringer simples, ringer lactato, soro fisiológico, sargramostima, soro glicosado, soro glicosado + ringer, sulfato de magnésio, tacrolimus, teniposido, tiotepa, tobramicina, vecurônio, verapamil, vitamina C + complexo B, vitamina B 12, vitamina B 2, vitamina B 1, vitamina B 6, vitamina C, varfarina.

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Incompatibilidade: amiodarona, amilobarbital, anfotericina B colesteril sulfato, cimetidina, colistina, clortetraciclina, canamicina, eritromicina, gluconato de cálcio, gentamicina, lidocaína, pentamidina, prometazina, tobramicina, gluceptato de cálcio, oxitetraciclina, pentobarbital, polimixina B, tetraciclina, vinorelbina.

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Referência: Carlton JB. The Handbook of Parenteral Drug Administration, 4th ed. JBC Handbook. Austrália. 1997

30 janeiro, 2009

Interação medicamentosa: OMEPRAZOL + CLOPIDOGREL

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FDA alerta sobre riscos da associação entre clopidogrel e omeprazol

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O órgão americano FDA (Food and Drug Administration), que regula a utilização dos medicamentos nos Estados Unidos, fez um alerta sobre os perigos da associação entre o medicamento clopidogrel (mais conhecido como Iscover ou Plavix) com os inibidores da bomba de prótons (medicamentos usados para combater sintomas de gastrite ou úlcera gástrica), como o omeprazol.

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O clopidogrel é um medicamento que inibe a agregação das plaquetas do sangue (antiplaquetário), usado em inúmeras situações cardiológicas, como após a realização de angioplastias coronarianas (desobstrução das artérias do coração). Estas angioplastias podem ser eletivas (programadas) ou de emergência, como após um quadro de angina instável ou infarto do miocárdio. Muitos pacientes ainda usam o clopidogrel de forma associada com o ácido acetilsalicílico (conhecido como aspirina).

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Muitos cardiologistas associam o clopidogrel aos medicamentos inibidores da bomba de prótons, como o omeprazol, pantoprazol, esomeprazol, rabeprazol, entre outros. O clopidogrel pode causar irritação gástrica e, além disso, como já mencionado, costuma ser usado em associação com o ácido acetilsalicílico, medicamento sabidamente causador de gastrite ou úlcera medicamentosa.

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Alguns estudos, ainda não totalmente conclusivos, demonstraram que a associação do clopidogrel com os inibidores da bomba de prótons (em especial o omeprazol), pode afetar a ação terapêutica do primeiro. Este fato poderia facilitar a ocorrência de coágulos nas artérias coronarianas, causando angina do peito, infarto do miocárdio ou até, a morte.

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O FDA avisa que está pesquisando evidências mais conclusivas sobre o assunto, mas alerta os médicos sobre os possíveis riscos dessa associação. O órgão americano ainda lembra que existem outras drogas capazes de combater sintomas gástricos, e que não interferem na ação do medicamento clopidogrel.

Fonte: UOL Ciência e Saúde

28 janeiro, 2009

ANFOTERICINA B: existem outras apresentações?

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Anfotericina B Complexo Lipídico
Sinonímia: AnB-CL
Nome Comercial: Abelcet® (Enzon)

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Anfotericina B Colesteril Sulfato
Sinonímia (s): AnB-CS, anfotericina B micelar, anfotericina B sulfato colesteril
Nome Comercial: Amphotec® (Intermune)

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Anfotericina B
Nome Comercial: Fungizon® (BMS)

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Anfotericina B Lipossomal
Sinonímia: AnB-L
Nome Comercial: AmBisome® (Gilead)

16 janeiro, 2009

Midazolam solução oral: fórmula e estabilidade

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Midazolam Injetável 5 mg/mL ............................................48 mL
Xarope Simples USP q.s.p.................................................120 mL

Manipulação: Retirar o volume desejado de midazolam utilizando uma seringa e transferir para um recipiente adequado. Adicionar o veículo em porções geométricas, misturando após cada adição e completar o volume final. Estocado em frasco de vidro âmbar na concentração de 2 mg/mL. Este produto é estável para 56 dias na temperatura ambiente e sob refrigeração. Para uso oral.

Referência: Nahata MC, Hipple TF. Pediatric Drug Formulations, 3rd ed. Cincinnati, OH: Harvey Whitney Books Company; 1997

Hidrato de cloral: fórmula e estabilidade

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Hidrato de Cloral Pó........................................................100 g
Essência de Limão Gotas......................................................10
Sacarina Comprimidos.........................................................10
Água Purificada USP q.s.p..........................................1000 mL

Manipulação: Triturar os comprimidos de sacarina junto com o hidrato de cloral. Dissolver a mistura em 50 mL de água destilada. Adicionar o veículo em porções geométricas, misturando após cada adição. Adicionar a essência. Completar o volume final. Estocado em frasco de vidro âmbar na concentração de 100 mg/mL. Este produto é estável para 7 dias na temperatura ambiente. Para uso oral.

Referência: Angora MC, Pérez MSA, Piquero JMF, Herreros de Tejada A. Utilización del Hidrato de Cloral en Pediatria. Usos Clínicos, Preparaciones Galénicas y Experiencia en un Hospital. Farm Hosp. 1999; 23(3): 170-176

Solução sedativa oral: fórmula e estabilidade.

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Atropina 1 mg/mL..............................................................72 mL
Prometazina Xarope 5 mg/mL..........................................1110 mL
Hidrato de Cloral Xarope 100 mg/mL..............................1800 mL
Água Purificada USP q.s.p................................................3000 mL

Manipulação: Misturar os componentes da formulação. Adicionar veículo suficiente para completar 3000 mL. Mistura de atropina 0,0024 mg/mL + prometazina 1,85 mg/mL + hidrato de cloral 60 mg/mL. Dose máxima desta formulação: 25 mL. Este produto é estável para 180 dias na temperatura ambiente. Para uso oral.

Referência: Nahata MC, Pai VB, Hipple TF. Pediatric Drug Formulations, 5th ed. Cincinnati, OH: Harvey Whitney Books Company; 2003