19 dezembro, 2009

Cabine de Segurança Biológica (Capela de Fluxo Laminar)

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As cabines de segurança biológica (capela de fluxo laminar) são unidades projetadas para criar áreas de trabalho estéreis para a manipulação, com segurança, de materiais biológicos ou estéreis que não possam sofrer contaminação do meio ambiente e podendo também garantir nos fluxos da classe II que o manipulado não contamine o operador e o meio ambiente.

As cabines de segurança biológica (capela de fluxo laminar) permitem obter grau de limpeza equivalente aos critérios da classe 5 (em repouso) da ABNT NBR ISO 14644-1, e classe 100 da extinta NBR 13700, de aplicação em áreas limpas.

Para o equipamento atingir esta classificação o ar que está sendo insuflado deve ser filtrado com filtros HEPA cuja eficiência no teste DOP é de 99,97%, para partículas de 0,3 mícra. A concentração na mesa de trabalho não deverá ser maior do que 100 partículas ≥ 0,5 mícron por pé cúbico de ar (NBR 13700).

A aferição do controle de limpeza de partículas suspensas na área de trabalho e velocidade do ar devem ser analisadas periodicamente a cada seis meses, conforme norma NBR ISO 14644-2.

Pré-filtro: as mantas filtrantes são utilizadas como pré-filtros e fabricadas com 100% de material sintético, que não libera partículas, e com meio filtrante não cancerígeno. São projetadas para ter resistência e durabilidade a altas umidades, névoas de óleo, ácidos, alcalis e a maior parte dos solventes orgânicos.

Filtros absolutos HEPA: filtros de alta eficiência para retenção de partículas, aerosóis, pó tóxico, bactérias, germes, vírus, etc. Elemento filtrante em execução padrão, com moldura de alumínio, madeira compensada ou chapa galvanizada, resistente à umidade, com junta de neoprene ou tipo gel opcionalmente. Meio filtrante com papel de fibra de vidro, resistente à umidade, fixado na moldura firmemente e vedado. Cada filtro é testado individualmente em fábrica.

Mini-fluxos: são projetados para manipulação de materiais não contaminados, e devido as suas pequenas dimensões estes modelos são indicados para utilização em ambientes com espaços reduzidos. Estes modelos são utilizados em laboratórios de análises microbiológicas e clínicas, pesquisas, farmácias de manipulação.
Fluxos horizontais: são também indicados para materiais não contaminados, mas são fabricados em outras opções de tamanhos.

Fluxos verticais classes II A1 e classe II A2: que são projetados para a manipulação de materiais contaminados, impedindo a sua contaminação por agentes externos, e protegendo também o operador e o meio ambiente de contaminação.

Fluxos laminares classe II B2: trabalham com 100% de ar renovado que é totalmente exaurido para fora da área do laboratório e são projetados para utilização de materiais contaminados e que geram aerossóis e gases. Hoje este modelo é muito utilizado para manipulação de quimioterápicos.

Cabine de amostragem e pesagem: são projetadas para a proteção de matérias-primas em pó nas áreas de amostragem e pesagem, assim como a proteção de operadores quanto à inalação.

As capelas de fluxo laminar vertical, de acordo com as normas internacionais, são equipamentos que apresentam fluxo de ar laminar vertical, oferecendo total proteção ao produto manipulado, similar a uma cabine de proteção biológica, pois, além de oferecer proteção ao produto manipulado, garante proteção ao operador e ao ambiente contra agentes biológicos de risco moderado (material particulado).

No caso das cabines de segurança biológica classe II tipo B2, temos um equipamento com 100 % de exaustão externa, mas não basta ter exaustão externa, tem que ter um sistema de exaustão independente, localizado na saída do duto de exaustão. Esse equipamento não apresenta recirculação do ar, proporcionando proteção total ao ambiente de trabalho e ao operador, além da proteção ao produto manipulado.

Referência: Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº 220, de 11 de setembro de 2004. Dispõe sobre os requisitos mínimos exigidos para o funcionamento dos Serviços de Terapia Antineoplásica (STA). Disponível em: http://www.anvisa.gov.br. Acesso em: 24 de novembro de 2008