31 março, 2016

FARMACODERMIA: IDENTIFICAÇÃO DOS TIPOS, MEDICAMENTOS ENVOLVIDOS E CLASSES FARMACOLÓGICAS QUE ACOMETEM PACIENTES INTERNADOS NA CLÍNICA DERMATOLÓGICA

Felipe Pomarole Santos, Ligia Maria Quitério, Vanusa Barbosa Pinto, Lidiane Baltieri Gomes

Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Faculdade de São Paulo (USP)

Objetivo: Identificar os tipos de farmacodermia, os medicamentos e as classes farmacológicas relacionadas com este evento, em pacientes internados na clínica dermatológica de um hospital público.

Método: O trabalho tem uma abordagem quantitativa, de delineamento descritivo exploratório, longitudinal e prospectivo, realizado na enfermaria de dermatologia do Instituto Central do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo no período de agosto de 2013 até fevereiro de 2014.

Resultados: Foram estudados 22 pacientes, com confirmação de 23 casos de farmacodermia. Em relação ao sexo, 68% dos pacientes eram mulheres, no total 73% eram da raça branca. Viu-se que a maioria dos pacientes encontraram-se na faixa de 61-80 anos com um total de 8 pacientes. O tipo de farmacodermia mais incidente foi a fotossensibilidade seguido pelo DRESS, sendo que os anti-hipertensivos foram responsáveis por 32% dos casos confirmados de farmacodermia. Em 32% das vezes o paciente não tinha nenhuma comorbidade, porém na visão global a hipertensão foi a mais vista. Para o tratamento, as classes farmacológicas mais prescritas para a resolução dos casos, com 36%, foram os anti-histamínicos e os corticoides.

Conclusão: Sabendo da faixa etária, gênero, etnia, medicamentos e classe farmacológica mais incidente em casos de farmacodermia, devemos ficar mais atentos para suspeitas de tal condição e como tratá-los.

Descritores: Reação adversa a medicamentos; Pele; Hipersensibilidade.

Rev. Bras. Farm. Hosp. Serv. Saúde São Paulo v.6 n.2 12-17 abr./jun. 2015